Os fungos são potencialmente inalatórios, afetando comumente pacientes com o sistema imunológico debilitado
Por: Rafaela Gonçalves/ Brasil61
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco foi notificada neste domingo (06), pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), de um caso de infecção por mucormicose, quadro conhecido popularmente como “fungo negro”. O quadro foi identificado em uma paciente de 59 anos, moradora do município de Casinhas, no Agreste, que teve diagnóstico confirmado da Covid-19 em março, além de ter desenvolvido, em seguida, uma pneumonia bacteriana.
A mucormicose é uma doença conhecida há mais de um século, causada por fungos da ordem Mucorales. Os fungos são potencialmente inalatórios, afetando comumente pacientes com o sistema imunológico debilitado, podendo acometer nariz e outras mucosas. Os sintomas variam de acordo com a localização da infecção. Nos pulmões, pode haver tosse, expectoração e falta de ar. Na face e nos olhos, pode ocorrer vermelhidão intensa e inchaço.
O Ministério da Saúde foi notificado sobre o caso e investiga a possível associação com o novo coronavírus. A paciente já está curada da Covid-19, mas no tratamento, apesar de não ter sido hospitalizada, fez uso de antibiótico e corticóides. Ela é diabética, hipertensa, asmática e obesa, e está internada na enfermaria no Huoc, desde a última sexta-feira (04/06),consciente e com quadro de saúde estável.
No Brasil, neste ano, já foram notificados 29 casos da mucormicose, dos quais pelo menos quatro são investigados pela associação com a Covid-19.