Depois que me disseram ser errado manifestar desconfiança em relação ao nosso sistema de votação e apuração, resolvi fazer uma lista das minhas principais desconfianças. Aí vai ela:
Não confio no Estado.
Não confio em bandidos.
Não confio em mentirosos.
Não confio em Lula.
Não confio em quem confia em Lula. E assim sucessivamente.
Não confio em partidos de esquerda.
Não confio em pessoas que argumentam aos gritos.
Não confio em quem abusa do próprio poder.
Não confio em quem vê a vida de cima do muro.
Não confio em ministros do STF indicados por FHC, Lula, Dilma, e Temer.
Não confio em militantes de causas identitárias.
Não confio em quem usa pronomes de gênero neutro.
Não confio em professores militantes políticos.
Não confio nos grandes grupos de comunicação.
Não confio na segurança de sistemas de computação.
Não confio na segurança de telefones celulares.
Não confio na quase totalidade dos SMS que recebo.
Não confio no anunciante que intromete seu comercial exatamente no lugar da tela onde estou lendo.
Não confio em cookies.
Não confio em quem promete enviar-me “anúncios personalizados”.
Não confio na formação moral de nenhum algoritmo.
Não confio na visão de mundo e de pessoa humana do Foro de Davos.
Não confio no Foro de São Paulo para coisa alguma.
Não confio em quem me manda assistir algo “antes que tirem do ar”.
Não confio em quem me diz que “la garantía soy yo”.
Não confio na segurança do nosso sistema de votação e apuração de eleições.
Não confio em quem se assombra, na meia idade e na velhice, com os fantasmas ideológicos e políticos da adolescência.
Não confio em quem diz defender a democracia e o estado de direito cerceando a liberdade e atropelando a lei.
Não confio em quem se apresenta como objeto de fé sem ser Deus, mormente se nem em Deus essa pessoa crê (ora bolas!).
Nota: este é um breve resumo; a lista, muito maior, cotidianamente se acresce de novos itens.