A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 29, o empresário e advogado José Yunes, um dos donos da empresa Rodrimar, Antonio Celso Grecco, e do ex-ministro de Agricultura Wagner Rossi. A ordem de prisão de José Yunes é temporária – por cinco dias.
As ordens de custódia são do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal no âmbito do inquérito que apura o Decreto dos Portos. O presidente Michel Temer (MBD) é um dos alvos da investigação e está sob suspeita de beneficiar a empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário.
José Yunes é amigo do presidente Michel Temer (MDB) há mais de 50 anos. O empresário foi assessor de Temer da Presidência. José Yunes pediu demissão do cargo após a revelação do conteúdo da delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho.
O empresário também foi citado na delação do doleiro Lucio Funaro. O delator afirmou que José Yunes era um dos operadores de Michel Temer.
A Polícia Federal informou que por determinação do STF ‘não se manifestará a respeito das diligências realizadas na presente data’.
A reportagem fez contato com a defesa de Antonio Celso Grecco.
COM A PALAVRA, A DEFESA
“É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia, que sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu à todos os atos para colaborar.
Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e contra a cidadania.
José Luis Oliveira Lima”