O partido de Ulysses Guimarães, Franco Montoro, José Richa, Pedro Simon; para não chorar suas almas com tanta volúpia esdrúxula dos que agora conduzem o maior partido do país, ao menos por enquanto, encontra-se numa espécie de “um estranho num cômodo escuro procurando por algo desconhecido”. O partido que historicamente nunca foi oposição e sempre agiu em “cima do muro” ao contrário dos partidos da esquerda e da direita tradicionais (PT, PSDB, PFL-DEM, PPS) agora quer se reinventar voltando a suas raízes históricas do MDB de guerra!.
Não é fácil renascer das cinzas com tantos escândalos sendo o protagonista. Eduardo Cunha e Sérgio Cabral que hoje são as figuras mais polêmicas do banditismo político são justamente ligados ao partido de guerra. O MDB ou PMDB seja lá como for continua o mesmo e velho em suas características em se fazer politicalha, tentando renascer das cinzas da fogueira que ele ajudou a atear. O movimento de retornar às origens é apenas uma vã “jogada política” para que o partido se descole da crise política e tente se reapresentar como solução.
É inócuo e inútil apenas mudar o nome se o produto continuar o mesmo de conchavos, engodos e dissimulações para auferir vantagens. A eleição no Amazonas para mandato tampão de governador deu-nos os sinais de uma barreira de incertezas e obstáculos que o PMDB que agora está numa guerra com a saída em massa de filiados migrando a outros partidos.
O PMDB está adotando uma lógica do ‘ame-o ou deixe-o’. Já tivemos tristes sentimentos com isso no passado”, disse Renan Calheiros, lembrando o bordão utilizado pelo regime militar. Renan é um exemplo claro de crise no partido que se dividiu ao meio onde um lado ataca o outro afim de destruírem-se mutuamente.
O PMDB ataca o PSDB acusando-o de conspiração, porém quer tê-lo perto como um bom inimigo útil. Traiu o DEM no episódio envolvendo os Bezerra (Ministério de Temer) do Pernambuco. Os históricos do MDB de guerra ficaram assustados com tamanha traição do PMDB da guerra. Esse gesto de “traição” gera um ruído desnecessário e foi recebido com desconforto pela bancada e fragiliza a relação daqui por diante. Não é a retribuição que se espera de um aliado”, ressaltou Efraim Filho (DEM/PB). A movimentação do PMDB segue no sentido de evitar o fortalecimento do Democratas e do PSDB.
O desmonte do PMDB começará pelas alianças em 2018. Desgastado e com baixíssimo prestígio, o partido de Ulysses e Jucá pretende se reinventar a qualquer custo. Nas redes sociais as críticas contra o PMDB são muito superiores a qualquer outro partido, inclusive os desgastado e rejeitado PT. Na maioria dos estados o PMDB deixará de ser o protagonista do jogo para ser o coadjuvante. A reforma política se for feita nos moldes que se espera há décadas enfraquecerá ainda mais o PMDB com saída de membros do partido que migrarão para outros, afim de não se “queimarem” com os taques que o protagonista de hoje sofrerá nas redes sociais em 2018 no período eleitoral. É certo que os próprios eventos que o partido de guerra está promovendo para tentar mostrar a seus filiados que não há crise no partido está sendo em vão. Ulysses, Montoro, Richa que deram o sangue pela democracia devem estar tristemente lamentando o destino de seu MDB de guerra e da guerra!.