Da Redação
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (25), a segunda fase Operação ‘E o Vento Levou’ para investigar o os beneficiários dos recursos desviados da empresa Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig Geração e Transmissão. Segundo a Polícia Federal, provas produzidas até o momento apontam para pessoas e empresas de Minas Gerais e da Bahia.
Agentes da Polícia Federal e da Secretaria da Receita Federal cumprem sete mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas e empresas investigadas nas cidades de São Bernardo do Campo/SP, Salvador/BA, Lauro de Freitas, Milagres/BA e Nova Lima/MG. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo.
A Operação ‘E o vento levou’, quarta fase da Descarte, foi deflagrada em abril. A ação cumpriu 26 mandados de busca e apreensão e teve como foco o desvio de dinheiro da empresa Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig Geração e Transmissão – por meio do aporte de R$ 850 milhões de reais na empresa Renova Energia SA.
Segundo a Policia Federal, parte do dinheiro desviado teria sido posteriormente repassado por meio do superfaturamento de um contrato com a empresa Casa dos Ventos. A investigação constatou ainda que valores foram transferidos a várias empresas. Em seguida, o dinheiro foi convertido em espécie e distribuído a diversas pessoas, segundo apontaram as investigações da Polícia Federal.
Na primeira fase da ‘E o vento levou’, a Polícia Federal pediu a prisão temporária de dois investigados ligados ao deputado federal Aécio Neves (PSDB) – Oswaldo Borges da Costa Filho, suspeito de ter participado de um esquema de fraude na construção da Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas Gerais, e Flávio Jacques Carneiro, apontado pelo empresário Joesley Batista como intermediário de propina para o tucano.
Na ocasião os pedidos foram negados pela Justiça. O deputado federal Aécio Neves não foi alvo de mandados na ação.
Ainda na primeira fase da Operação foi investigada a participação de executivos e acionistas da Andrade Gutierrez, da Cemig, da Renova e da Casa dos Ventos na fraude, além dos operadores financeiros e outras empresas usadas para escoar o dinheiro desviado.
Segundo a Polícia Federal, aos investigados poderão ser imputados, na medida de sua participação nos fatos, os crimes de Associação Criminosa, Peculato, Lavagem de Dinheiro, e Falsidade Ideológica cujas penas, somadas, poderão resultar em 9 a 38 anos de prisão.