Os poderes de Estado que se coligaram para a regência dos acontecimentos veem a direita e centro-direita que emergiu em 2018 como “populacho ignorante”. Estão convictos ser desse grupo que aflorou o ódio e a radicalização política do país.
Então, se os entendo bem, não havia radicalização nem ódio algum durante o longo período em que a esquerda, com seu modo amável e bonachão de ser, falando sozinha:
– assassinou reputações, sempre tentando derrubar, como agora, quem se antepusesse a seu projeto de poder;
– agiu contra o direito de propriedade, contra o agronegócio e apoiou quem fosse contra a agricultura empresarial;
– criou o MST e apoiou o MTST promovendo invasões rurais e urbanas; deu suporte às pretensões imobiliárias dos quilombolas e ao avanço das reservas indígenas sobre áreas de lavoura;
– criou o Foro de São Paulo e financiou a fundo perdido, com dinheiro do povo brasileiro, ditaduras de esquerda na América Ibérica;
– despendeu mais recursos nacionais no porto cubano de Mariel do que nos nossos próprios portos;
– aproximou o Brasil das piores figuras da política internacional, afastou-se das democracias respeitáveis, acolheu e deu refúgio a terroristas, capturou e entregou a Fidel Castro os boxeadores do Pan de 2007 foragidos no Brasil;
– tentou implantar o marco regulatório da imprensa e promover arbitragem de conteúdos; criou o PNDH-3 e passou a impor o “politicamente correto” e a novilíngua,
– defendeu o desarmamento dos cidadãos, expressou fobia aos órgãos e agentes de segurança, empenhou-se em inibir a ação armada desses agentes, apoiou e apoia políticas de desencarceramento;
– defendeu e defende a impunidade dos seus corruptos, mas até de lei que não existe cobra rigor contra seus adversários;
– infiltrou-se nos meios educacionais e culturais onde promove o constrangimento da divergência, segrega autores, professores e alunos; usou a autonomia da universidade para transformar essas autarquias em casamatas destinadas à sua atividade político-ideológica;
– combateu os valores da sociedade e das famílias, a civilização ocidental, os símbolos religiosos em locais públicos e apoia a legalização do aborto;
– criou e financiou uma infinidade de ONGs para custeio de ações ditas “identitárias” em defesa de um pluralismo e de um multiculturalismo excludentes;
– ocultou de suas tribunas, púlpitos e salas de aula as razões do amor à pátria, suas cores e símbolos.
Seria fazer fake analysis não apontar essa continuidade. O presidente da República é seu adversário instrumental. O adversário real é aquela imensa parcela da sociedade cujos valores e princípios a esquerda sempre combateu e cujas virtudes sequer sabe explicitar.
Por tudo isso e muito mais, dia 7 eu vou, como minúscula parte dessa imensa parcela.