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Prefeito vê viés político na greve dos professores e promete ir à Justiça para assegurar o funcionamento das Escolas Municipais

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O prefeito Aguiberto Lima Dias (PDT) lamentou, em entrevista ao JS, que a Aplb/Sindicato tenha politizado o debate em torno do Plano de Cargos e Salários e esteja usando, como ressaltou, “de forma indevida” os alunos da rede pública municipal de Ensino como escudo para justificar a decisão de paralisar as atividades.

O prefeito defendeu-se da acusação de que mantém uma postura intransigente e que descumpre compromissos assumidos na mesa de negociação pelo fato de não estar na disputa pela reeleição. Segundo afirmou, enfaticamente, mesmo que estive participando da disputa eleitoral não transigiria com os interesses de Brumado e da legalidade.

“Os professores de Brumado estão perdendo uma grande oportunidade de ter um Plano de Cargos e Salários que atende aos interesses da categoria de forma ampla. Apenas não incluímos na proposta que encaminhamos para deliberação do Legislativo Municipal um ponto que não poderia ter sido inserido por não atender aos princípios legais, que diz respeito à obrigatoriedade do poder público municipal reconhecer como único representante dos professores a Aplb/Sindicato. Esse ‘capricho’ da Aplb/Sindicato afronta a Constituição Federal, portanto, não poderia ser incluído em uma Lei Municipal”, apontou o gestor. Aguiberto citou o Inciso XX do Artigo 5º da Carta Magna [“Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou manter-se associado”] para justificar seu entendimento, lembrando que o Inciso seguinte já assegura o direito que a Aplb/Sindicato quer ver, equivocadamente, inserido no texto da Lei.

Aguiberto disse respeitar o direito de manifestação, embora lamentando que apenas a versão dos professores esteja sendo tornada pública. Disse mais, que entende o silêncio e até mesmo as manifestações de apoio que candidatos estão emprestando à Aplb/Sindicato, mas lembrou que todos, indistintamente, se debruçarem sobre o ponto discordante e que estaria justificando o movimento paredista liderado pela entidade, saberiam que é absolutamente inconsequente a reivindicação. “Posso afirmar, sem medo de estar equivocado, que nenhum dos candidatos, a qualquer dos cargos em disputa, não fosse o momento, saberiam reconhecer os avanços que estamos proporcionando aos professores municipais. Acredito até que muitos pontos que estamos autorizando serão criticados pelos futuros prefeitos”, afirmou Aguiberto, acrescentando que já determinou à Procuradoria Geral do Município que busque reverter na Justiça a decisão de paralisação das atividades pelos professores.

“A Administração Municipal estranha e lamenta a postura das lideranças da Aplb/Sindicato, que entende não refletir o sentimento da imensa maioria dos professores municipais, que além de convocar uma greve ilegal e deliberada por uma minoria, desencoraja pais e alunos a utilizarem um serviço que é da população e é referência na região. Não posso permitir e vou buscar nas instâncias da Justiça assegurar o direito dos que querem continuar nas salas de aula cumprindo sua missão e impedir que os alunos da rede municipal de Ensino sejam prejudicados por uma decisão que tem como alvo desgastar a imagem da Administração Municipal”, concluiu.

 

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