Barra da Estiva viveu este ano um dos melhores festejos juninos dos últimos tempos, recebendo um número expressivo de visitantes que se juntaram aos nativos e “esquentaram o frio” no imenso barracão do ‘São João Quente na Terra do Frio’.
E um dos grandes momentos dos festejos juninos de 2017 em Barra da Estiva foi, sem dúvida alguma, a apresentação do consagrado cantor Frank Aguiar, que encantou os milhares de ‘sanjoaneiros’ que prestigiaram a programação no dia 25.
Mas o que mais tem chamado a atenção, após a realização dos festejos, por mais que haja o reconhecimento público do sucesso e do clima de tranquilidade que reinou durante os festejos tem sido a insistência de setores da oposição ao Governo Municipal de tentar encontrar um ponto negativo para embasar críticas ao prefeito João – de Didi – Machado Ribeiro (PTB), cuja aprovação popular tem incomodado e sinalizado que já não há mais espaço para o grupo que se achava ‘dono do município’ e foi derrotado nas urnas de 2016.
E a bola da vez dos adversários do prefeito tem sido a tentativa de apontar um superfaturamento na contratação do cantor Frank Aguiar. E para justificar as críticas usam como argumento contratos que o músico fez em outros municípios.
A denúncia de que a Prefeitura de Barra da Estiva teria pago um cachê que representava o dobro do que outros municípios pagaram para apresentação de Frank Aguiar foi recebida com serenidade pela Administração Municipal, que escalou a titular da Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura e Lazer e o Assessor de Gestão, respectivamente Leila de Oliveira Caires e Marcos Lopes, para publicamente prestar os esclarecimentos.
À reportagem do JS, a secretária municipal de Educação, Esporte, Cultura e Lazer, Leila de Oliveira Caires, destacou que, mesmo em face da crise financeira que atinge a todos os municípios brasileiros, em Barra da Estiva, com muita criatividade, foi possível realizar os festejos juninos com sucesso e o reconhecimento das pessoas que puderam desfrutar de momentos de lazer. “Fizemos a festa com responsabilidade, sem permitir que houvesse prejuízo para as obrigações já contratadas com fornecedores e prestadores de serviços e com a folha de pessoal rigorosamente em dia. Os custos para a realização da festa foram contratados sem permitir que houvesse qualquer desvio de finalidade ou que os valores não estivessem dentro do que estava sendo praticado pelo mercado. No caso do cantor Frank Aguiar, embora haja registros de que teria celebrado contratos com valores inferiores ao que firmou com Barra da Estiva, importante que se observe que em nosso município o artista fez um show inédito, diferentemente de outros que estão sendo citados, nos quais haviam apresentações em municípios da sua microrregião, barateando, dessa forma, a atração”, pontuou a secretária.
Na mesma linha de pensamento, Marcos Lopes, Assessor de Gestão, lembrou que o cachê de artistas em datas festivas como o São João, tem um valore maior nos dias mais importantes do calendário, no caso do São João, na véspera, no dia consagrado ao Santo homenageado e no encerramento, assim como ocorre, por exemplo, segundo explicou, no Réveillon. “O mesmo artista pode ser contratado por um valor bem menor no dia 28 ou 29 de dezembro se comparado com o contrato para apresentação no dia 31 ou no dia 1º de janeiro”, disse, acrescentando ser esta uma prática comum do mercado.
“Por determinação do prefeito nós tivemos o cuidado de não permitir que nenhuma das atrações contratadas, principalmente Frank Aguiar, a principal delas, não estivesse no palco no horário previsto. Barra da Estiva já foi vítima de contratações sem critérios, como no São João de 2016 em que um atração entrou no palco as seis horas da manhã, quando já não havia quase ninguém na Praça.
“O show de Frank Aguiar no São João de Barra da Estiva foi exclusivo para a macrorregião, portanto teve um custo superior ao de municípios em que o artista participou de uma maratona e nem sempre, por conta dos deslocamentos, foi respeitado o horário previsto”, ressaltou Lopes, observando que na véspera, em show na cidade de Ipupiara, também exclusivo, o artista cobrou um cachê ainda maior.
Os porta-vozes da Prefeitura Municipal asseguram que não houve superfaturamento e que o valor do cachê não fugiu ao praticado pelo mercado no caso de um show exclusivo de um artista de renome nacional. “Estamos tranquilos e prontos para apresentar toda a documentação que comprova a lisura do contrato celebrado não apenas com Frank Aguiar, mas com todos os artistas e prestadores de serviços que participaram dos festejos juninos deste ano”, completou Leila de Oliveira Caires.