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Prefeitura de Vitória da Conquista se reúne com engenheiros para discutir sobre a Barragem do Rio Pardo

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A futura Barragem do Rio Pardo foi o principal tema da conversa dessa quinta-feira, 13, entre o prefeito Herzem Gusmão, acompanhado por integrantes do Governo Municipal, e os engenheiros Hypérides Macedo e Ornaldo Freitas, da IBI Engenharia, empresa responsável por desenvolver o projeto do reservatório.

Os projetos básicos e executivo da barragem já estão concluídos e aprovados desde 2015, restando agora pequenos detalhes referentes ao licenciamento ambiental. Os estudos de viabilidade para a construção de outra etapa, a adutora, também já foram aprovados. Resta à Prefeitura encaminhar a contratação de quem será responsável por elaborar esse projeto.

“Isso vai ser executado já com o conjunto pronto”, informou o secretário municipal de Infraestrutura, José Antônio Vieira, ao explicar que as obras da barragem e da adutora serão iniciadas assim que forem garantidos os recursos para ambos os projetos.

“Esse é o tempo em que se viabiliza o recurso que vai ser buscado junto ao Governo Federal. É uma intenção já muito firme do prefeito ir atrás desse recurso”, afirmou Vieira.

De acordo com o projeto, a Barragem do Rio Pardo será construída a pouco mais de 70 quilômetros da área urbana de Vitória da Conquista na região do distrito de Inhobim. Espera-se que o reservatório tenha capacidade para armazenar mais de 430 milhões de metros cúbicos de água, garantindo a autonomia hídrica para Vitória da Conquista e outros municípios da região – incluindo os distritos rurais.

‘Projeto estratégico’ – “Cada região tem o projeto estratégico do seu desenvolvimento. No caso de Vitória da Conquista, esse é o projeto estratégico do seu futuro. O rio Pardo, caprichosamente, passa pelas montanhas do município. E essa garganta permitiu essa obra importante”, informou Hypérides, que foi secretário de estado no Ceará, atuou no Ministério da Integração Nacional e é considerado uma das maiores autoridades do país em termos de recursos hídricos.

“Cabe aos dirigentes de Vitória da Conquista, às pessoas de espírito público que lutam pelo desenvolvimento da cidade, consolidar essa estratégia, como muitas outras que foram feitas no Nordeste a partir da vontade e da obstinação das pessoas”, aconselhou o engenheiro.

Após conhecer os detalhes do projeto, o prefeito Herzem Gusmão considerou-o “belíssimo”. “Nós estamos vislumbrando que é a solução definitiva de Vitória da Conquista”, afirmou. “Esta Barragem do Rio Pardo não só abastecerá Vitória da Conquista, mas vai resolver o problema de irrigação, para a riqueza e para a produção de grãos em todo o município”.

Segundo o prefeito, as barragens que abastecem o município garantem hoje um volume de 4 milhões de metros cúbicos de água – quantidade que, em razão do assoreamento, é reduzida em cerca de 30%. “Nós temos menos de três milhões de metros cúbicos de água para uma cidade de 350 mil habitantes”, registrou.

Busca por recursos – O gestor mencionou ainda outra iniciativa em termos de abastecimento: a Barragem do Rio Catolé, que também interessa ao município. “O Governo Federal já sinalizou. E nós, em Brasília, conseguimos canalizar R$ 144 milhões, à disposição do governo”, assegurou Herzem.

A capacidade de armazenamento da Barragem do Rio Catolé será em torno de 23 milhões de metros cúbicos de água – o que, segundo o prefeito, ainda não seria o suficiente, já que Vitória da Conquista precisaria de um volume de pelo menos 100 milhões de metros cúbicos para abastecê-la de forma satisfatória pelos próximos 35 anos.

Daí, portanto, a necessidade de focar os esforços também na viabilização da Barragem do Rio Pardo. “Já estamos conversando com lideranças políticas, com ministros, com o Governo Federal. Nós convidamos, e ele aceitou, para presidir o comitê da Barragem do Rio Pardo, o ex-governador Nilo Coelho”, disse o prefeito. “E, portanto, nós estamos aguardando tão somente o momento para irmos a Brasília para, junto ao Governo Federal, conseguir os recursos necessários para a construção dessa barragem”.

 

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