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Professores da UESB na comissão de criação do Geoparque da Serra do Sincorá

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Por Ascom Uesb

 

A partir de um conceito novo, o geoparque é a estrutura turística baseada no patrimônio geológico de uma localidade, voltada para a preservação e desenvolvimento sustentável, considerando ainda as vertentes educativa e de pertencimento da comunidade que ali reside. Sob tutela da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), atualmente, existem cerca de 100 geoparques em todo o mundo. O Brasil conta apenas com o Geoparque da Chapada do Araripe, localizada entre os estados do Ceará, Piauí e Pernambuco.

Diversas instituições do país têm apresentado propostas para a implantação de geoparques em outras localidades, como é o caso do Geoparque Serra do Sincorá, na região da Chapada Diamantina, que corresponde aos municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí e Mucugê. Nesse sentido, os professores Eduardo Bernardes, do Departamento de Ciências Naturais (DCN), e Luciano Leal, do Departamento de Ciências Biológicas (DCB), estão participando da Comissão de Criação desse geoparque, que conta também com representantes de outras universidades da Bahia e de membros do poder público local.

Reunião sobre o Geoparque realizada no campus de Vitória da Conquista

Um dos diferenciais do geoparque é o envolvimento de toda a comunidade. Para além da proposta de conservação, o conceito prevê a interação de forma específica a cada realidade. Além disso, ele oferece experiências turísticas que promovem informações da região que possam servir de tópicos de pesquisa ou com potencial formativo para os próprios moradores. É nesse cenário que a Universidade pode contribuir, por meio dos mais diversos cursos, estudos, áreas e recursos humanos. O professor Eduardo Bernardes exemplifica essa intervenção com o treinamento da comunidade por meio de oficinas, oferecidas por docentes, para que eles atuem como guias locais, ou ainda com a capacitação de professores da educação básica dos municípios, para que eles possam transmitir os conhecimentos sobre a região para os moradores. Ele destaca também a realização de pesquisas e a possibilidade de buscar soluções para problemas locais.

“A Uesb tem essa função de instituição de pesquisa. E uma das ideias do geoparque é de se ter a pesquisa de base para fundamentar o acesso à população local, ao conhecimento do pertencimento. ‘Eu pertenço ao que? A um lugar que tem ouro de um lado, diamante de outro, que tem Estrada Real, que tem documentação para pesquisas históricas’. Então dá pra fazer muitos trabalhos, professores da Uesb podem orientar trabalhos lá, vários tipos de atividade a gente pode desenvolver”, pontuou o professor.

Para aperfeiçoar a proposta e pensar na melhor forma de envolvimento da Universidade, reuniões estão sendo realizadas e são abertas à participação da comunidade acadêmica. Para conhecer o cronograma dos encontros, bem como detalhes do projeto, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail edusbstein@gmail.com.

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