Além de promover a inserção, o projeto busca garantir a retenção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, utilizando a metodologia de emprego apoiado. O projetojá foi parcialmente aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Por Ba.gov
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu na tarde de quarta-feira (29), em audiência virtual, o deputado estadual Teonilio Barba, o presidente da Associação Brasileira de Emprego Apoiado (ABEA) e diretor do Instituto de Tecnologia Social (ITS), Sebastião Ismael de Sousa, o professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Jesus Carlos Delgado Garcia, a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Andréia Soraya, e a gerente-executiva do ITS, Edilene Luciana Oliveira do Nascimento. Durante o encontro, foi apresentado o projeto de emprego apoiado voltado para a inserção e retenção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho formal no estado de São Paulo.
Marinho sugeriu uma abordagem complementar por meio do Programa Aprendiz, que permitiria às empresas cumprir simultaneamente as cotas de aprendizagem e de contratação de pessoas com deficiência. “Essa estratégia pode ser uma forma eficiente de massificar a inclusão e sensibilizar as empresas”, declarou o ministro, apontando para a possibilidade de expandir o projeto para todo o Brasil.
Garcia ressaltou a necessidade de criar uma política pública nacional de emprego apoiado. Segundo ele, o projeto tem como objetivo não apenas a inserção, mas também a retenção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, utilizando a metodologia de emprego apoiado. O projeto, apresentado pelo deputado Barba, já foi parcialmente aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo e pretende inserir cerca de 600 pessoas com deficiência em empregos formais na região, com o apoio técnico de profissionais capacitados para essa tarefa. “Precisamos de uma política pública que combata o capacitismo e convença as empresas de que é possível contratar pessoas com deficiência”, destacou Barba.
Os representantes também discutiram a importância do engajamento dos sindicatos na abertura de portas para essas oportunidades de trabalho. “Os sindicatos sabem onde estão as empresas que não cumprem as cotas de contratação de pessoas com deficiência. Nosso papel é sensibilizar essas empresas e garantir que os direitos dessas pessoas sejam respeitados”, afirmou Edilene Luciana Oliveira do Nascimento, gerente-executiva do ITS.
O projeto de emprego apoiado tem como objetivo se tornar uma referência no Brasil para a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, com foco especial em São Paulo, Grande ABC e Baixada Santista. A iniciativa já conta com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego, que estuda formas de implementar a proposta em nível nacional.
O ministro Luiz Marinho afirmou que o projeto será analisado pelas equipes técnicas do Ministério do Trabalho e Emprego, que avaliarão as possibilidades de apoio por parte do governo federal. “Vamos continuar o diálogo e avaliar sobre do projeto”, concluiu Marinho.
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