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Queda da inflação e pautas econômicas no Congresso aumentam otimismo da indústria

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Novo arcabouço fiscal e reforma tributária devem contribui para o crescimento do setor industrial, aponta economista da FGV

por Agência Brasil 61

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) revisou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,4% para 2,2% em 2023, devido ao desempenho positivo da economia brasileira no primeiro semestre do ano. No primeiro trimestre, o PIB registrou um avanço de 1,9%, impulsionado pelo setor agropecuário. O otimismo no setor industrial é atribuído a três fatores principais, de acordo com o economista Mauro Rochilin.

O primeiro fator é a queda da inflação, que contribui para a recuperação do poder de compra da população, estimulando o consumo e, consequentemente, impactando positivamente a indústria. O segundo fator é o novo arcabouço fiscal, que traz maior segurança em relação à política fiscal e aos gastos do governo, promovendo um ambiente de menor aversão ao risco e estimulando os investimentos. O terceiro fator é a reforma tributária, que além de restabelecer a confiança, tem potencial para impulsionar o crescimento da indústria por meio da desoneração tributária e maior competitividade.

A PEC 45/2019, que propõe a unificação dos principais impostos sobre o consumo de bens e serviços no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual, foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora será analisada pelos senadores após o recesso parlamentar. A expectativa é que a reforma tributária contribua para a retomada da indústria, reduzindo a tributação sobre a produção e aumentando a tributação sobre a renda.

Quanto à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma queda de 0,08% em junho, marcando a primeira deflação de 2023. Os grupos “Alimentação e Bebidas” e “Transportes” foram os principais responsáveis por essa queda, influenciados pelos recuos nos preços dos alimentos no domicílio, automóveis novos e usados, e combustíveis.

O deputado federal Júlio Lopes destaca a melhoria nos indicadores econômicos, como a queda do dólar, a redução da inflação e as expectativas de crescimento do PIB, que têm aumentado a confiança, não apenas no setor industrial, mas no mercado em geral.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostra que 17 dos 29 setores da indústria estão confiantes, após três meses de falta de confiança entre março e maio de 2023. Tanto o Índice de Condições Atuais quanto o Índice de Expectativas apresentaram avanços, indicando otimismo para o segundo semestre do ano.

Em resumo, as revisões positivas para o crescimento do PIB, a queda da inflação, a expectativa com a reforma tributária e a recuperação da confiança da indústria são fatores que têm impulsionado o otimismo e as perspectivas favoráveis para a economia brasileira.

Foto de Capa: José Paulo Lacerda|CNI

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745