Por Agência Sindical
O tema regulação das redes sociais mobiliza governo, Congresso, entidades ligadas ao jornalismo e ativistas pró-democratização da comunicação, conforme a Constituição.
Mas há um impasse aí. Quem fala sobre isso é Samira de Castro. Ela preside a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Samira diz: “A ideia de regulação está contaminada, pois alegam censura. Por outro lado, a extrema direita alardeia que a liberdade de imprensa permite tudo”.
Semana passada, a Fenaj reuniu-se com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Juscelino Filho (Comunicações) e Sidônio Palmeira (Secom), quando trataram da checagem de fatos e combate às fake news. Os participantes destacaram a liberdade de expressão, condicionada ao exercício responsável, como questão de interesse nacional. No Congresso, ante a quantidade de Projetos ligados à questão das redes, “a ideia é buscar um texto unificado”, ela conta.
Para Samira de Castro, a discussão nesse campo está sempre alguns passos atrás. Ela propõe que os jornalistas debatam mais seu papel e condição profissional no ambiente digital de trabalho. De janeiro a agosto, de 2024, o saldo entre admitidos e demitidos, com Carteira assinada, ficou negativo em 95 vagas, embora as empresas de comunicação tenham obtido isenção fiscal de R$ 464 milhões. A dirigente observa que as novas tecnologias baratearam os custos das empresas, seja na produção de jornalismo, seja na economia com papel e outros.
AGU – Dia 22 de fevereiro, haverá audiência pública chamada pela Advocacia Geral da União. O site www.gov.br/agu/pt-br possui link para inscrições e também a fim de receber sugestões.
MAIS – www.fenaj.org.br – Telefone (61) 3244-0650.
Foto: Divulgação/ Agência Sindical