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Rendimento médio mensal domiciliar cresceu 6,9% em 2022, aponta pesquisa

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De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2022, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita chegou a R$ 1.586

Por: Johnson Nascimento/Brasil 61

Em 2022, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita chegou a R$ 1.586, com alta de 6,9% frente a 2021. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita subiu 7,7% na comparação com 2021, chegando a R$ 339,6 bilhões.

A analista da PNAD contínua-Rendimentos Alessandra Brito destaca os motivos que levaram a esse resultado. “No ano de 2022, a gente pôde observar um aumento na proporção de pessoas com algum tipo de rendimento, seja ela de trabalho ou de outras fontes”, pontua. 

“Esse aumento foi puxado sobretudo pela elevação da proporção de pessoas ganhando renda no trabalho. isso porque, de 2021 para 2022, voltaram para o mercado de trabalho quase oito milhões de pessoas e a população ocupada aumentou 7,7 milhões. isso refletiu uma redução de 2,1% no rendimento médio do trabalho no período, o aumento de massa no trabalho e também na redução do Ìndice de Gini no trabalho que ficou em 0,486% para 2022 o menor valor da série”, complementa.    

O índice de Gini, ou coeficiente de Gini, mensura a igualdade ou desigualdade de distribuição de renda num determinado território.
De acordo com o levantamento, a região Nordeste segue com menor rendimento médio mensal domiciliar per capita (R$ 1.011), enquanto a Sul tem o maior (R$ 1.927). Já o percentual de pessoas com rendimento na população do país subiu de 59,8% em 2021 para 62,6% em 2022. 

Entre 2021 para 2022, houve alta de 6,6% na massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos, o que levou o valor a chegar a R$ 253,1 bilhões. Já o rendimento médio mensal da categoria “Aluguel e Arrendamento” caiu de R$ 1.989 em 2021 para R$ 1.755 em 2022.

O economista Robson Gonçalves, professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas, diz que medidas como o Auxílio Brasil ajudaram as famílias nesse período, mas de maneira geral o resultado é satisfatório. 

“O crescimento de 6,9% é bastante importante. Quando nós consideramos tanto o componente emprego quanto o componente rendimento, percebemos que a massa total de rendimento real dos trabalhadores teve um aumento de 6,6%. Isso também favorece o consumo das famílias,” destaca.

Foto de capa: Valter Campanato/Agência Brasil

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