Com o resultado, que equivale à redução de emissão de quase 33 mil toneladas de CO2 no meio ambiente, empresa já supera meta global de 10% do total da produção sendo feitos com reaproveitamento de resíduos
Por: Luciana Rezende/Rede comunicação
A RHI Magnesita captou mais de 41 mil toneladas de resíduos de refratários ao longo de 2022, no Brasil, direcionados para reaproveitamento. O volume equivale a quase 33 mil toneladas de gás carbônico (CO2) que deixaram de ser lançadas no meio ambiente. Com o resultado, a companhia alcança um percentual de 10,2% da produção da América do Sul sendo feito a partir da reciclagem (consumo de reciclados em relação ao consumo de matérias-primas total). Em termos globais, esse indicador (Recycling Rate) atingiu 10,5% e superou a meta estratégica de 10% até 2025. Assim, a empresa segue na liderança do setor em tecnologia, investimento e desenvolvimento de conhecimento para uso de materiais reciclados, considerando-se organizações do mesmo porte, e ainda concluirá a implantação de duas novas tecnologias, patenteadas pela RHI Magnesita, em 2023.
Os altos números são o resultado do modelo de negócio de economia circular, que coleta o desmonte de refratários da linha de produção dos clientes, como siderúrgicas e cimenteiras. As peças são substituídas periodicamente, o que gera os resíduos. Os volumes captados passam por etapas de seleção, limpeza, estabilização e britagem para serem reutilizados como matéria-prima em novos produtos, com as mesmas propriedades e qualidades dos materiais originais. “A reciclagem é o drive na redução de emissão de CO2, que é parte fundamental da nossa estratégia de sustentabilidade com stakeholders, mercado e sociedade”, afirma o presidente da RHI Magnesita para América do Sul, Wagner Sampaio.
Desde 2019, já foram investidos mais de 14,6 milhões de euros na reciclagem de refratários, o que inclui a busca constante por soluções para minimizar o descarte de resíduos no mercado. Esse processo de reaproveitamento de materiais reduz a dependência de recursos naturais virgens, assim como diminui a necessidade de extração e queima de minérios, atividades que têm uma pegada de carbono mais acentuada. Além disso, muitos clientes consideram o processo como um benefício na cadeia de valor. “A reciclagem torna nossa operação mais limpa e perene”, completa Sampaio.
A RHI Magnesita tem como meta global reduzir em 15% o volume de gás carbônico (CO2) gerado por tonelada de produto até 2025, na busca por alcançar a neutralidade de carbono no longo prazo, e a reciclagem é chave nesse processo. Para isso, segue com seu plano de investimentos, focado não apenas no desenvolvimento de tecnologias para o reaproveitamento, como também em pesquisas para aumentar o potencial de reciclagem de desmontes refratários e de resíduos produzidos na cadeia de valor.
Sinergia entre regiões
Nesse cenário, a empresa – que, há mais de uma década, capta materiais recicláveis do mercado local – definiu, em 2019, a estruturação de uma área global para dar foco nas atividades relacionadas à reciclagem. Dessa forma, ela absorve sinergia entre as regiões de atuação da RHI Magnesita, com visão de negócio e gerando valor para a corporação. Já regionalmente, existem times focados na execução dessas atividades, que atendem ao mercado local, conforme demanda e oportunidades.
Em Minas Gerais, a companhia mantém uma unidade dedicada à reciclagem de refratários, no município de Coronel Fabriciano, na Região do Vale do Aço. Em 2021, um projeto implantado nessa fábrica foi reconhecido como um dos melhores do país em melhoria contínua. A RHI Magnesita também atua internamente para dar a melhor destinação aos resíduos gerados nas operações próprias, caso da recuperação dos tijolos refratários dos fornos de Brumado, na Bahia, e da recuperação de coprodutos e resíduos da unidade de Ponte Alta (MG).