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Riacho de Santana: Suposta compra de votos na reta final poderá levar à cassação da chapa do ex-prefeito Tito Eugênio

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Por Lucimar Almeida da Silva (lucimaralmeidajs@gmail.com)

Ação de Investigação Judicial Eleitoral protocolada na Justiça Eleitoral pede a cassação do registro das candidaturas da Coligação “Um novo tempo”, composta por Tito Eugênio Cardoso de Castro e João Vítor Martins Laranjeira, ambos do Progressistas, além de quatro candidatos a vereador. (Foto: Reprodução).

 

Coligação “Riacho em primeiro lugar” protocolou no Juízo da 113ª Zona Eleitoral uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), pedindo a cassação da chapa encabeçada pelo ex-prefeito Tito Eugênio Cardoso de Castro (Progressistas) à Prefeitura Municipal de Riacho de Santana, alegando abuso do poder econômico e captação ilícita de sufrágios (compra de votos). Na Ação, também figuram como investigados os candidatos a vereador Elmir – Mirim da Vidraçaria – Guedes Rocha, Leobino Prates da Rocha Neto e Jusceli de Souza Duarte, todos do Progressistas, além do representante da Coligação “Um novo tempo – Progressistas/PCdoB/DEM/MDB/PSL”, ex-secretário municipal de Saúde, Antônio – Tõe Sensor – Fernandes Guedes.

Segundo documentos que o JS teve acesso, na denúncia, que está fundamentada por vídeos, áudios e anotações que comprovariam a acusação, os candidatos da chapa majoritária, Tito Eugênio Cardoso de Castro e João Vítor Martins Laranjeira, juntamente com os candidatos a uma vaga no Legislativo Municipal Elmir – Mirim da Vidraçaria – Guedes Rocha, Leobino Prates da Rocha Neto e Jusceli de Souza Duarte, todos do Progressistas, com a participação do ex-secretário municipal de Saúde, Antônio – Tõe Sensor – Fernandes Guedes, teriam formatado um suposto esquema criminoso, com a contratação do protético [técnico em próteses dentárias], Alexandro – Alex – Rodrigues Neves, para confecção de próteses (dentaduras), que seriam trocadas por apoio às candidaturas.

Nos documentos incluídos na denúncia, estão anotações do protético que teria sido contratado pelos candidatos do Progressistas, onde estaria detalhado diversos nomes, números de telefones, e outras informações que evidenciariam a troca de apoio político à confecção de próteses dentárias por indicação dos denunciados, além do depoimento de uma pessoa que trabalha diretamente com Alexandro – Alex – Rodrigues Neves [Janaina Luiza Rocha Silva], que teria sido a autora dos vídeos e das gravações de áudio que comprovariam os supostos crimes eleitorais.

Além do protético Alexandro – Alex – Rodrigues Neves e sua assistente, Janaina Luiza Rocha Silva, os denunciantes listaram os nomes de seis pessoas (eleitores) que teriam sido beneficiadas com as próteses indicadas pelos denunciados, que solicitaram ao Juízo da 113ª Zona Eleitoral, sejam ouvidos no curso da Ação.

Ouvido pela reportagem do JS, o advogado da Coligação “Riacho em primeiro lugar – PL/PSD/SD”, Ítalo Brito Magalhães, garantiu que os documentos são provas incontestáveis de abuso do poder político e econômico, sendo nítida a “captação ilícita de votos”. A Representação Eleitoral foi protocolada na Justiça Eleitoral, na quinta-feira (13), quando foram entregues as gravações em vídeo e áudio, além de anotações que reforçariam a denúncia.

Se Ação de Investigação Judicial Eleitoral for julgada procedente, os denunciados (Tito Eugênio Cardoso de Castro, João Vítor Martins Laranjeira, Elmir – Mirim da Vidraçaria – Guedes Rocha, Leobino Prates da Rocha Neto e Jusceli de Souza Duarte, todos do Progressistas) poderão ter os diplomas ou os mandatos, se eventualmente eleitos, cassados. Poderão, também, juntamente com o representante da Coligação, Antônio – Tõe Sensor – Fernandes Guedes, ter os direitos políticos suspensos por até oito anos.

Outro lado

 

A reportagem do JS tentou, sem sucesso, contato com o ex-prefeito Tito Eugênio Cardoso de Castro, que encabeça a chapa majoritária da Coligação “Um novo tempo”, através do telefone móvel celular e aplicativo Whatsapp (77 99947-**59). O ex-prefeito não atendeu e não retornou a ligação e não respondeu à mensagem.

Já o representante da Coligação, Antônio – Tõe Sensor – Fernandes Guedes, ouvido por telefone (77 9959-**50), disse que não poderiam se pronunciar sobre uma suposta Ação Judicial, uma vez que não há informação de que tenha sido aceita pelo Juízo da 113ª Zona Eleitoral e não foram, justamente por isso, notificados, não havendo, portanto, motivo para dar crédito a um comentário de redes sociais.

Segundo Antônio – Tõe Sensor – Fernandes Guedes, se a suposta denúncia for aceita e os candidatos e a Coligação forem notificados pela Justiça Eleitoral, irão se defender nos autos.

Concluindo, Antônio – Tõe Sensor – Fernandes Guedes reforçou que embora a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) esteja registrada no sitio eletrônico da Procuradoria de Justiça Eleitoral, “por enquanto não passa de coisa de internet”.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744