Compras governamentais do SUS favorecerão pequenas e médias empresas
por Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o setor da saúde será um dos beneficiados pela nova política industrial que será implementada pelo governo federal. O objetivo é favorecer pequenas e médias empresas do setor por meio de compras governamentais destinadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa declaração foi feita durante o programa semanal “Conversa com o Presidente”, transmitido nesta terça-feira (11) pela TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Lula ressaltou que esse assunto tem sido discutido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), com a colaboração do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
“Um país que possui uma política industrial adequada exporta produtos com maior valor agregado, gerando mais recursos para a população. Assim, o país cresce em termos científicos e tecnológicos”, disse o presidente, ao criticar o fato de o CNDI não ter se reunido desde 2015, o que, segundo ele, indica a falta de uma política industrial no país.
Lula elogiou a condução da reunião por Alckmin, que já resultou em uma “estrutura de proposta de política industrial” a ser discutida também no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como Conselhão, antes de se tornar uma política de governo.
“Devemos discutir quais setores industriais queremos promover e que tipo de indústria queremos inovar. Um desses setores é o da saúde, porque o SUS é um grande mercado consumidor”, adiantou o presidente.
“Por isso, defendemos o fortalecimento das compras governamentais, pois se abrirmos espaço para a compra de produtos estrangeiros, as pequenas e médias empresas perdem a oportunidade. E são elas que geram riqueza e empregos para o país”, acrescentou.
Ao falar sobre a transição energética e ecológica, Lula destacou que o setor da saúde também poderá se beneficiar com atividades desenvolvidas na Região Norte. “A biodiversidade da Amazônia pode favorecer a indústria farmacêutica e de cosméticos. Temos um mundo à nossa frente, e não devemos ter medo de explorá-lo.