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SBOT e PRF unidas para um Carnaval Seguro

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Parceria entre a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), busca a conscientização da população sobre o aumento do número de acidentes de trânsito durante o período do carnaval

 

Por: AScom/SBOT/PRF

 

Em 2022, segundo dados do SIHSUS — Sistema de Informações Hospitalares — fornecido pelo DATASUS, mais de 193 mil pessoas se envolveram em algum tipo de acidente de trânsito. Dessas pessoas, pelo menos 11.384 eram ocupantes de automóvel e 116.275, motociclistas. Com base nessas informações e com a certeza de que esse número aumenta exponencialmente durante a época do Carnaval, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) criaram a campanha “SBOT e PRF unidas para um carnaval seguro”. O objetivo da ação é orientar a população sobre os perigos da imprudência ao volante.

O alerta é significativo já que, no Carnaval de 2022, a Polícia Rodoviária Federal registrou 1.160 acidentes de trânsito, e as cinco principais causas estavam diretamente relacionadas ao comportamento dos motoristas. “Poucas vezes os acidentes são fatalidades. Geralmente são resultados de uma ou várias escolhas do próprio motorista. Alguém que excede o limite de velocidade, ultrapassa em local proibido, e dirige sem atenção, não pode dizer que foi surpreendida pelo acidente”, explica o Diretor de Operações da PRF, Marcus Vinícius de Almeida.

Ainda segundo a PRF, os acidentes mais graves no Carnaval de 2022 foram os de colisão traseira (por não manter a distância segura do veículo à frente), saída de pista seguida por tombamento/capotamento, e colisão frontal. Wagner Nogueira da Silva, presidente da Comissão de Campanhas Públicas da SBOT, explica que as lesões ortopédicas mais comuns no caso de colisões traseiras e frontais, são os traumas torácicos em virtude do choque do peito do motorista com o volante e do passageiro na região do painel. “Nas colisões traseiras também acontecem as lesões nos membros inferiores, pois o ocupante do carro pode ser impulsionado para a frente batendo no banco e causando uma contusão no joelho, perna, quadril, pé e tornozelo. Ademais, existe a famosa lesão de chicote ocasionada por cinto de segurança de dois pontos, que acontece a nível da coluna toracolombar.

No caso de capotamentos, os traumas mais frequentes são as de coluna, principalmente na cervical, em virtude dos movimentos aleatórios que o carro toma a partir do capotamento. “É essencial que o motorista tenha toda atenção, pois normalmente essas situações de colisão acontecem em virtude de desatenção ou alta velocidade”, acrescenta Wagner Nogueira da Silva.

Marcos Britto, ortopedista da SBOT e coordenador médico da campanha, acrescenta ainda que geralmente os acidentes de trânsito requerem um tratamento multidisciplinar. “O atendimento de acidentados exige uma equipe multidisciplinar, desde o momento do resgate, quando a vítima é atendida por paramédicos, até o hospital. Geralmente são casos com múltiplas lesões no corpo, sem contar os traumatismos cranianos e trauma raquimedular”, explica. Além disso, um dos maiores problemas de saúde pública é o número de pessoas que ficam com invalidez permanente resultante desses acidentes.

Marcos Britto explica que as sequelas desses acidentes de trânsito, muitas vezes, são irreversíveis. “A maioria das lesões acaba necessitando tratamento cirúrgico e algumas dessas pessoas evoluem com sequelas e permanecem com certo tipo de limitação funcional para o resto da vida podendo perder a capacidade de andar e trabalhar”, explica o especialista. As lesões mais frequentes são as musculoesqueléticas, ou seja, fraturas na perna, bacia, coxa, da coluna e dos membros superiores.

Por isso, a SBOT e a PRF advertem para cuidados que podem salvar vidas como:

  • Respeitar as normas de trânsito, os pedestres e os demais motoristas;
  • Ficar atento ao volante;
  • Rever itens de segurança antes de uma viagem;
  • Não usar o celular enquanto estiver dirigindo;
  • Utilizar os equipamentos de proteção, como capacetes e cinto;
  • Transportar as crianças adequadamente no banco de trás e com o uso correto das cadeirinhas;
  • Não ultrapassar os limites de velocidade;
  • Não dirigir depois de beber.

 

Foto de capa: Standret/Freepik

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