Por Luiz Carlos Amorim
Os enfeites natalinos estão pela cidade toda, nas ruas, nas lojas, nas casas, nos jardins, os papais noéis invadiram a televisão, os jornais, as revistas, o rádio e até a Internet. Está chegando o Natal.
Natal, ah, o Natal… essa época mágica de desembrulhar esperanças, de dar de presente carinho, compreensão e amor, de construir e fortalecer a paz e a fé, de engavetar a saudade… Aquela saudade pequena, que vai ficando maior e que vai doendo um pouquinho mais à medida que o Natal vai chegando. Saudade de almas queridas, como do Menino aniversariante, inquilinos vitalícios de nossos corações…
E está aí o Natal, o mesmo Natal que, quando éramos crianças, trazia Papai Noel com os brinquedos, trazia a árvore enfeitada, guloseimas e canções. Canções que falavam do nascimento de um menino encantado que tinha o poder de modificar as nossas vidas, se quiséssemos. Ele representava o ano novo que vinha em seguida, a renovação, significava que a vida seria melhor, que nós, seres humanos, poderíamos ser melhores. Inexorável, vem a adolescência, a juventude e, adultos, vamos deixando aquela esperança mágica de lado, ocupados em sobreviver.
Mas ainda há tempo de ver um raio de luz nascendo no horizonte de nossas vidas, um fio de esperança apontando o futuro. Ainda há um resto de fé se multiplicando, e este é o tempo para multiplicá-lo mais e mais. Porque o Natal é renascimento, é o encontro da paz, é busca do amor: é a comunhão com Deus. É a ternura de um menino nascendo, é um sentimento maior que nós, homens, ainda podemos exercitar.Há que querermos um Natal completo e por inteiro, um Natal verdadeiro. E o espírito do Natal, que aproxima os homens, pulsará em todo ser. E brilhará nos olhos de toda criatura, luz a colorir a vida, a semear a paz, sonhada e perseguida. E estará nas mãos de todas as pessoas, carinho a semear ternura. E soará dos lábios de cada um, canção a propagar a fé. Isto é o Natal do coração, presente maior que podemos ter.
Temos a mania de dizer, nós os adultos, que o Natal perde a graça, depois que crescemos. Mas temos que resgatar o nosso eu-criança em algum cantinho, temos que continuar sendo um pouquinho criança para não deixarmos de festejar com a alma e o coração o nascimento do menino Deus, o aniversário do Filho do Pai.
E haveremos de dizer uma prece para comemorar-lhe a grande data e pedir-lhe a bênção neste Natal…