Os servidores das Polícias Civil e Técnica realizaram na manhã de hoje, dia 12, um ato público durante a Lavagem do Bonfim com objetivo de mostrar ao chefe do executivo, Rui Costa, a insatisfação das categorias com a condução das políticas de segurança no estado que têm afetado severamente não só a composição remuneratória de todos eles, mas principalmente as condições de trabalho oferecidas.
Diante do cenário de total descaso com os servidores da Polícia Civil da Bahia e a dificuldade em dialogar com os representantes oficiais do Governo do Estado, no segundo semestre de 2016 as entidades que representam os Delegados, Investigadores, Escrivães, Peritos Criminais, Técnicos, Médicos e Odontos Legais resolveram criar o movimento integrado cujo objetivo é realizar negociações conjuntas com o Governo, tendo em vista que muitas pautas são comuns a todas as categorias.
Durante a trajetória, o movimento tentou em diversas ocasiões conversar com secretários, superintendentes, líder do Governo, Deputados da base e com o próprio Governador obtendo, inclusive, êxito em alguns agendamentos, porém as reuniões não avançaram e as demandas continuaram contidas.
A grande preocupação do movimento é com a destinatária final dos seus serviços que é a sociedade, afinal a falta de estrutura física e de efetivo compromete o combate ao crime na Bahia. “Nosso movimento não é apenas em busca de melhores salários, mas, sobretudo de condições mínimas de trabalho. Lutamos por uma Bahia sem violência e para promovermos um combate ao crime de forma qualificada precisamos controlar nossas ferramentas tecnológicas de investigação e minimamente contar com locais de trabalho adequados para tanto. Temos consciência que todos os dias oferecemos o nosso melhor para servir ao povo, porém não assumiremos mais o ônus da ingerência que hoje domina a pasta da Segurança Pública”, Afirma o presidente do Sindicato dos Delegados Fábio Lordello.
Nas faixas empunhadas pelos servidores palavras de ordens como: “Polícia Civil e Técnica têm o pior salário do país”, “Salve a Polícia Civil e Técnica”, “Contra Corrupção”, “Contra o Sucateamento dos órgãos”.
Mesmo desacreditados com os rumos que a Segurança Pública na Bahia vem tomando, os representantes sindicais estão esperançosos e acreditam que, após este ato, o Governador irá dar a atenção que merece a Segurança Pública na Bahia. “É com muita fé e sob a proteção do Nosso Senhor do Bonfim, que as entidades representativas das Polícias Civil e Técnica clamam para que o Governador Rui Costa resgate a dignidade dos Policiais Civis da Bahia, promovendo a necessária valorização desses profissionais, os quais expõemsuas vidas, diuturnamente, em defesa da sociedade baiana”, protesta o presidente da Associação dos Escrivães Luis Carlos.
O Presidente do Sindicato dos Policias Civis da Bahia (SINDPOC), Marcus Mauricio afirma que a união de todos os servidores da segurança publica é uma realidade. “Somente esta união terá o poder e a força para alcançarmos nossos objetivos comuns, que é uma policia civil forte, com condições dignas de trabalho e valorização profissional a quem se dedica de corpo e alma para defender a vida e o patrimônio da população. Aqui não têm só servidores, temos pais de família, filhos, avós… Enfim, todos nós hoje sofremos com a violência e infelizmente os nossos governantes não percebem que quando eles sucateiam a Segurança Pública, atingem não somente seus servidores, mas toda a sociedade”.
O movimento integrado, que completará um ano em julho deste ano, é composto pelo Sindicato dos Peritos Criminais do Estado da Bahia (ASBAC SINDICATO); Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB); Sindicato dos Policias Civis da Bahia (SINDPOC); Associação dos Funcionários Púbicos do Estado da Bahia (AFPEB); Associação dos Investigadores da Polícia Civil da Bahia (ASSIPOC); Sindicato dos Investigadores da Policial Civil do Estado da Bahia (SINDPOL); Associação dos Escrivães de Polícia do Estado da Bahia (AEPEB); Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto Legais do Estado da Bahia (SINDMOBA) e o Sindicato dos Peritos Técnicos de Polícia do Estado da Bahia (SINDPEP).