60% dos pacientes com obesidade desenvolvem enfermidades emocionais, segundo estudo
Por Rodrigo Osterne
Há alguns anos, a obesidade começou a ser considerada um problema de saúde pública. Atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,04 bilhão de pessoas sofrem com a doença no mundo, que além de ser a causadora de outras enfermidades crônicas, como diabetes e hipertensão, pode também ocasionar doenças psicológicas.
De acordo com um estudo divulgado pela Associação Brasileira para o Estudo de Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), 60% dos pacientes acometidos pela obesidade sofrem algum tipo de distúrbio psiquiátrico, sendo depressão e compulsão alimentar os mais frequentes.
Para o médico André Guanabara, a saúde do corpo está interligada com a saúde mental, e esse é um dos motivos que explicam o alto percentual de obesos com doenças psicológicas.
“A saúde do corpo e a saúde mental estão intimamente ligadas. Pacientes com obesidade frequentemente desenvolvem transtornos como depressão e ansiedade devido ao estigma social, baixa autoestima e isolamento. Além disso, a compulsão alimentar é comum, pois muitos utilizam a comida como uma válvula de escape para lidar com o estresse, a frustração e a ansiedade. Esse ciclo pode tornar o tratamento mais complexo, exigindo uma abordagem integrada que cuide tanto do corpo quanto da mente.”
Alternativas saudáveis para o combate à obesidade e doenças psicológicas
Uma das alternativas para quem busca emagrecer de maneira saudável é através do medicamento Mounjaro, aliando eficácia e saúde ao processo de emagrecimento. O medicamento apresenta potenciais benefícios no tratamento de condições como sobrepeso, obesidade e síndrome metabólica, com a perspectiva de alcançar uma redução em torno de 20% do peso corporal total.
No entanto, de acordo com o médico André Guanabara, o uso do fármaco só se torna eficaz no combate à obesidade se for aliado ao acompanhamento médico e multidisciplinar, tratando não apenas a saúde do corpo, mas também a saúde mental.
“É importante destacar que o uso de qualquer medicamento só deve ser feito sob a recomendação médica. No caso do Mounjaro, se faz ainda mais necessária uma abordagem completa, integrada a um acompanhamento multidisciplinar, com psicólogo, nutricionista, educador físico, para proporcionar não apenas resultados rápidos, mas também sustentáveis, o tratamento não só da obesidade, mas também o restabelecimento da saúde mental do paciente”, explica.
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