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Sintoma

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E Ela acordou procurando por Ele.

Virou-se na cama e sentiu o seu cheiro.

Tudo remexido, parecia que o moço acabara de sair.

Seu cheiro estava por toda a parte e lá embaixo porta acabara de bater.

Silêncio.

Sentou-se e mais acordada um pouco deu-se conta de que não era nada daquilo.

Não havia cheiro, não havia nada remexido, não havia barulho na porta.

Nada.

Só o silêncio dentro de casa e a cantoria do vento lá fora.

Ela que há muito não se lembrava dele se arrastou até o banheiro sem entender que sonho fora aquele.

Fora tão real que tivera até cheiro, gosto, textura.

Os fantasmas apareciam em forma de sonho agora.

Desde quando?

Qual sentido?

Com que propósito?

Lentamente foi se lembrando de cada um dos detalhes vividos no sonho.

Riu sozinha.

Quanto mais se lembrava mais ria.

Por fim, gargalhava.

Fora um sonho bom.

E por quê ele agora?

Tinha um motivo.

Tinha uma razão de ser.

Era saudade.

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 744