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Sondagem aponta otimismo na indústria da construção e intenção de investimentos

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Levantamento divulgado pela CNI também mostra que o nível de atividade e de emprego caíram em fevereiro, na comparação com janeiro deste ano, mas registra que as quedas são menos intensas que a média histórica

 

 

Por: Fernando Alves/Brasil 61

 

A pesquisa Sondagem Industrial da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), indica que o setor se mantém otimista em março de 2023. As expectativas registradas ficaram acima da linha divisória de 50 pontos, que separa otimismo de pessimismo. O setor está confiante em relação ao crescimento do nível de atividades; ao lançamento de novos empreendimentos e serviços; às compras de matérias-primas; e ao número de empregados.

O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção) também mostra que os empresários do setor seguem confiantes. O índice ficou em 51,1 pontos, apesar do recuo de 0,6 ponto em março, devido à avaliação mais negativa das condições atuais. Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Dionyzio Klavdianos, esse otimismo é natural.

“Segue otimista porque estamos falando de um novo governo. Primeiro que o setor da construção civil vinha em alta, permanece em alta, em que pese uma queda do ritmo, mas continua crescendo. Esse é o cenário vide resultado do PIB do ano passado, vide a continuidade de crescimento ainda neste ano. Então é natural que o otimismo permaneça”, pontua.

A  intenção de investimento da indústria da construção apresentou avanço de 0,6 ponto na passagem de fevereiro para março. Segundo a pesquisa, o resultado amplia a distância do índice em relação à média histórica de 36,6 pontos.

Já a evolução do nível de atividade da indústria de construção registrou 46 pontos na passagem de janeiro para fevereiro de 2023 e ficou abaixo da linha divisória, o que indica que houve queda no indicador. No entanto, o número registrado no segundo mês do ano está acima da média histórica para o mês. Segundo a sondagem, isso significa que a queda foi menos intensa e disseminada do que em outros anos.

“O mesmo ocorreu com o índice de evolução do número de empregados. Ele ficou em 47,6 pontos em fevereiro de 2023, mas é um recuo comum para esse período. A queda é menor do que a usual para o período. Isso porque o índice de fevereiro de 2023 é muito superior à média histórica para o mês, de 44,9 pontos”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

Dionyzio Klavdianos, do Sinduscon, explica que o recuo é natural para o período. “A queda na atividade e no nível de emprego é natural: primeiro lugar porque ainda é período de chuvas. Natural que o setor diminua as atividades. Outra questão a se levar em conta é que de fato houve uma transição de governo e está se esperando o que de fato vai ser feito em termos de pacote fiscal, pacote econômico”, afirma.

Com queda de um ponto percentual, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) ficou em 65% entre janeiro e fevereiro, o que demonstra um patamar elevado da atividade industrial.  No levantamento, entre os dias 1º e 9 de março, foram ouvidas 357 empresas — 142 pequenas, 143 médias e 72 grandes.

Foto de capa: Rawpixel/Freepik

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