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Sono de má qualidade pode ser fator de risco para doenças cardíacas

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O Dia do Sono é comemorado em 19 de março. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de dois terços da população adulta brasileira apresenta sono com uma qualidade inferior à esperada.

 

Por: Rafaela Soares/Brasil 61

 

Aumento da pressão arterial, envelhecimento dos vasos e aumento do risco de arritmias e infarto são algumas consequências de uma noite mal dormida. Em 19 de março, que marca o Dia do Sono, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) chama atenção para o fato de que dois terços da população adulta brasileira apresenta prejuízos na qualidade do sono. A incidência na população jovem é ainda mais frequente.

Ainda de acordo com a SBC, muitos fatores contribuem para uma noite mal dormida: como exposição à telas, problemas pessoais, financeiros e familiares. Além disso, alguns distúrbios podem alterar o sono como a insônia e os distúrbios respiratórios, como a apneia do sono.

As consequências de uma noite mal dormida podem alterar o dia a dia da pessoa. Ronaldo Barros conta que não tem dormido bem. Ele diz que uma série de hábitos, como a ingestão de cafeína próximo ao horário de ir para a cama, e fatores externos como o estresse vem alterando essa rotina. “Eu, por exemplo, fico de mal humor, estressado, impaciente. Então, eu creio que o fato de eu não dormir bem atrapalha muitas coisas no dia a dia.”

Segundo o  professor do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – Unicid, Ricardo Galhardoni, é preciso compreender que os seres humanos têm um ritmo biológico e o sono desregulado normalmente vêm da não compensação das atividades biológicas e demandas sociais, familiares e profissionais que nós temos. Essa pessoa sente um cansaço maior e, ao mesmo tempo, tem durante o dia excessiva sonolência e durante a noite, a insônia.

“Sem dúvida nenhuma, a consequência de um sono não regulado é a perda da qualidade de vida. Mas, como todos nós sabemos, o sono é importante para a homeostase do nosso organismo, então, um sono desregulado leva a queda de produtividade, mudança de humor e a desatenção”, explica.

Muito além de afetar o dia a dia, esse sono não restaurador pode estar relacionado a problemas cardiovasculares, como a indução de arritmias, aumento da pressão arterial e no risco de infartos e derrames.  O sono desregulado ainda pode contribuir para o aparecimento do diabetes e alterações do colesterol, conforme explica o neurologista Marcelo Lobo. “Os principais problemas de um sono de má qualidade tem haver com a memória, com a irritabilidade, humor e dificuldade, às vezes, de manejo de problemas clínicos como pressão alta, a glicemia, colesterol, hormônio de tireóide podem ser influenciados negativamente pela ausência de um sono de qualidade.”

O sono regulado

A SBC garante que um sono precisa atender as necessidades de cada indivíduo para que ele se sinta confortável e descansado. Alguns pontos são importantes para garantir uma boa noite de sono, são eles:

  • Uma rotina com horários bem estabelecidos;
  • Prática regular de atividade física;
  • Diminuição de usos de substâncias estimulantes, como a cafeína;
  • Fazer refeições mais leves antes de dormir;
  • Diminuir a exposição à luz, principalmente de telas como celular
  • Ficar atento a sinais como o ronco, que pode ser um sintoma da apneia do sono.

Foto da capa: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Jornal Digital Jornal Digital – Edição 745