Nesta reflexão, te convido a perceber a graça de Deus agindo em nós, em todos os momentos da nossa vida e dos nossos dias. Deus está sempre agindo, Ele nunca para de agir. Por isso, quando as coisas não acontecem na nossa vida, não é por que Deus parou de trabalhar. Não! Ele trabalha sempre para nos sustentar, para nos dar todo o bem. Mas nem sempre nós estamos abertos para a acolhida e mesmo nós pensando assim: “eu estou aberto, mas as coisas não acontecem”, nem sempre o fato de nós dizermos que estamos abertos de verdade, nós realmente estamos. A acolhida da graça de Deus é um caminho, é um pouco por dia. Quem vai fazendo o caminho, provavelmente consegue captar mais a força e o amor de Deus. Quando nós deixamos de caminhar, nós deixamos mesmo de caminhar. Por isso é sempre tempo de começar, de recomeçar, de decidir e buscar permanentemente.
Queria falar sobre a importância de não sermos dependente do juízo dos outros. E aqui entra a questão da vaidade. A vaidade é o constante gabar-se diante dos outros. Tudo se faz para dar na vista das pessoas. Um monge antigo descreve como: o propósito da vaidade é um companheiro bem difícil, ele prefere instalar-se naqueles que gostariam de levar vida virtuosa. Provoca neles o desejo de contar ao outro como é difícil a sua luta. Procuram com isso a admiração das pessoas. Imaginam como muitas pessoas viriam bater a sua porta, viriam buscá-lo para uma conversa e os forçariam a acompanhá-las na vaidade. A pessoa pensa continuamente nas pessoas e na sua opinião. Então pensa: qual a impressão que causo aos outros? Será que as pessoas acham bom o que eu faço?
Na vaidade não sou eu mesmo. Dependo do julgamento das outras pessoas. Fico sempre imaginando como tornar mais espetacular minha próxima aparição em cena, para ser também devidamente aplaudido. Naturalmente, a todos faz bem quando somos reconhecidos e aprovados pelo que fazemos. Seria hipocrisia dizer que ficamos totalmente neutros diante do reconhecimento e do louvor. Não se trata de ficar absolutamente livres disso, mas de relativizar a procura de reconhecimento, para dele não sermos dependentes. Não sermos dependentes do reconhecimento! Até isso cria dependência. Têm pessoas que fazem tudo imaginando e pensando: o que será que os outros vão dizer disso? Será que eu vou fazer bem, será que vou agradá-los? Nós precisamos ter convicção daquilo que fazemos e fazer bem porque é certo fazer bem e não depender da avaliação dos outros. Pensemos nisso.