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Taxa de desemprego se mantém estável na RMS em abril

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A Pesquisa de Emprego e Desemprego, analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), revela que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador permaneceu estável em 23,9% da População Economicamente Ativa (PEA), entre março e abril de 2017. De acordo com seus componentes, a taxa de desemprego aberto passou de 16,5% para 16,3% e a de desemprego oculto de 7,5% para 7,6%.

 

O contingente de desempregados foi estimado em 456 mil pessoas, redução de seis mil em relação ao mês anterior. Este resultado decorreu do declínio da PEA (-27 mil pessoas) em intensidade superior ao decréscimo do número de postos de trabalho (-21 mil). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – diminuiu de 57,8%, em março, para 56,9%, em abril.

 

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é analisada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

 

 

Estrutura da pesquisa – No mês de abril, o contingente de ocupados foi estimado em 1.450 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve reduções nos Serviços (- 1,6% ou -15 mil), no Comércio e reparação de veículos (-4,1% ou -12 mil), e na Indústria de transformação (-2,8% ou -3 mil), que não foram compensadas pelo aumento do contingente de ocupados na Construção (13,1% ou 13 mil).

 

Segundo a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados diminuiu (-2,1% ou -20 mil pessoas), com declínio tanto no setor privado (-1,9% ou -16 mil) quanto no setor público (-3,1% ou -4 mil). No setor privado, houve decréscimo no número de postos com carteira de trabalho assinada (-1,3% ou -10 mil) e sem carteira (-5,7% ou -6 mil). Houve, ainda, redução no número de empregados domésticos (-5,2% ou -6 mil) e pequenos acréscimos no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (3,2% ou 3 mil) e entre os trabalhadores autônomos (0,7% ou 2 mil.

 

Entre fevereiro e março de 2017, o rendimento médio real cresceu para os ocupados (2,9%) e para os assalariados (2,4%). Os valores monetários passaram a equivaler a R$ 1.460 e R$ 1.518, respectivamente. A massa de rendimentos reais elevou-se entre os ocupados (4,8%) e entre os assalariados (4,5%). Em ambos os casos, esse comportamento derivou do acréscimo no rendimento médio real e, em proporção menor, do nível de ocupação.

 

 

Comportamento em 12 meses – Entre os meses de abril de 2016 e de 2017, a taxa de desemprego total na RMS aumentou, ao passar de 23,4% para 23,9% da PEA. Esse resultado deveu-se à redução da taxa de desemprego aberto (de 16,7% para 16,3%) e à elevação da taxa de desemprego oculto (de 6,6% para 7,6%).

 

O contingente de desempregados elevou-se em 17 mil pessoas. Tal comportamento decorreu do aumento da População Economicamente Ativa ? PEA (acréscimo de 28 mil pessoas na força de trabalho da região) em intensidade superior à elevação no nível de ocupação (mais 11 mil postos de trabalho). A taxa de participação passou de 57,1% para 56,9%.

 

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 0,8% ao passar de 1.439 mil para 1.450 mil pessoas. Setorialmente, aumentou o número de ocupados no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (3,7% ou 10 mil) e nos Serviços (1,1% ou 10 mil), enquanto reduziram os contingentes na Indústria de transformação (-1,9% ou -2 mil) e na Construção (-1,8% ou -2 mil).

 

Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado retraiu-se (-3,6% ou -36 mil) devido à redução no setor privado (-3,9% ou -34 mil) e, em menor intensidade, no setor público (-1,6% ou -2 mil). No setor privado, houve decréscimo de postos assalariados com registro em carteira (-3,8% ou -29 mil) e sem carteira de trabalho assinada (-4,8% ou -5 mil). Constatou-se, ainda, aumento no contingente do agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (34,7% ou 25 mil) e no de trabalhadores autônomos (12,9% ou 33 mil), além de decréscimo no de empregados domésticos (-9,1% ou -11 mil).

 

Entre março de 2016 e 2017, o rendimento médio real aumentou para os ocupados (7,6%) e para os assalariados (6,1%). Nesse período, houve aumento nas massas de rendimentos reais dos ocupados (8,8%) e, menos intensamente, dos assalariados (3,3%). Entre os ocupados, o resultado derivou do acréscimo do rendimento médio real e, em menor proporção, do nível de ocupação. No caso dos assalariados deveu-se, exclusivamente, ao crescimento do salário médio, haja vista o nível de emprego ter declinado.

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