Por MF Press Global
Nos últimos meses, cientistas têm alertado para a inversão do campo magnético do Sol, um fenômeno natural que ocorre aproximadamente a cada 11 anos e que pode desencadear tempestades geomagnéticas na Terra. Embora esses eventos sejam amplamente discutidos pelos seus impactos tecnológicos, como falhas em satélites e redes elétricas, especialistas apontam que as mudanças no campo magnético também podem influenciar a saúde mental da população.
Entre os pesquisadores que estudam esse fenômeno, o neurocientista e pós-PhD em neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues – que criou o primeiro relatório genético da história que estima o QI, um método validado cientificamente – explica como essas mudanças podem afetar a atividade cerebral, intensificando quadros de ansiedade e estresse, especialmente em um momento de hiperconectividade digital.
“Nosso cérebro funciona através de impulsos elétricos, que estão em constante interação com o campo eletromagnético ao nosso redor. Alterações bruscas no campo geomagnético podem influenciar a produção de neurotransmissores como serotonina e melatonina, fundamentais para o equilíbrio emocional, o sono e o bem-estar”, explica o neurocientista.
A Sinergia Perigosa Entre o Sol e o Digital
Se as variações geomagnéticas já são naturalmente capazes de afetar o equilíbrio neuroquímico, o estilo de vida moderno tem potencializado seus efeitos. A era digital trouxe consigo um fenômeno ainda mais preocupante: a dependência excessiva das redes sociais e a sobrecarga informacional, que mantém o cérebro em um estado de constante excitação.
“O uso excessivo das redes sociais gera um ciclo vicioso de dopamina, criando um vício comportamental que mantém o cérebro em alerta. Quando somamos isso a um ambiente geomagnético instável, temos um cenário onde a ansiedade pode ser amplificada. As pessoas relatam maior irritabilidade, insônia e dificuldades cognitivas, sem perceber que há múltiplos fatores externos contribuindo para esse estado”, destaca Dr. Fabiano de Abreu.
Estudos já sugerem que períodos de maior atividade solar podem estar correlacionados com picos de instabilidade emocional na população. Se antes essa relação era apenas especulativa, hoje a ciência já reconhece que os campos eletromagnéticos afetam a bioquímica do organismo humano.
O Que Fazer Para Minimizar os Impactos?
Embora não seja possível controlar a atividade solar, há medidas que podem ser adotadas para reduzir seus efeitos sobre a saúde mental, especialmente em um mundo cada vez mais digital. O neurocientista orienta que mudanças simples na rotina podem trazer benefícios significativos:
“A chave está no equilíbrio. Regular o sono, evitar o uso excessivo de telas, praticar atividades ao ar livre e adotar técnicas de relaxamento, como meditação e respiração consciente, podem ajudar a minimizar os impactos dessas alterações geomagnéticas no organismo”, recomenda.
Outra sugestão é reduzir a exposição ao excesso de informações, especialmente conteúdos negativos ou sensacionalistas, que podem aumentar a carga de estresse emocional.
“O cérebro humano não foi projetado para lidar com o volume de informações que recebemos diariamente. Aprender a filtrar o que consumimos e estabelecer momentos de desconexão é essencial para manter a estabilidade emocional”, enfatiza.
A relação entre a atividade solar e a saúde mental ainda é um campo de estudo em desenvolvimento, mas as evidências sugerem que somos mais influenciados pelo ambiente cósmico do que imaginamos. Se aliarmos esse fator ao estilo de vida hiperconectado da atualidade, encontramos um cenário que exige mais atenção e cuidado com a nossa saúde mental.
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