No centro da praça
e no meio da massa
pensou ser povo,
um jeito novo
De se embolorar.
Raciocínio falho,
memória ofuscada
perdeu-se na vida,
e de vida nada.
Cansado de ser infeliz
produziu um show,
armou um circo,
embebedou-se de ilusão
e no cálice mágico
dos sonhos dourados
ocultou os medos e a covardia.
Na poeira densa
descobriu um céu estrelado,
luar maravilhado
namorando a terra.
Vagou por vias tortuosas,
pegajosas, nauseabundas
sem encontrar a fadinha
que uma vez
prometera-lhe felicidade.