Por Patrick Moraes/ Ascom Uesb
Encontrar alternativas mais eficientes de remédios, descobrir novas metodologias de ensino, promover ações de cuidado com a saúde e bem-estar, estimular a arte e a cultura na região e tantas outras demandas sociais são parte de uma universidade pública. Além de formar milhares de profissionais em diversos cursos, a Uesb encara, há quatro décadas, o desafio de contribuir com a sociedade por meio de dois pilares: a pesquisa e a extensão universitária.
A pesquisa científica é um dos pontos de partida para a transformação social. Por meio da ciência, é possível descobrir novos produtos, aprimorar técnicas utilizadas, corrigir falhas em mecanismos existentes, fazer melhorias que irão ajudar no dia a dia de toda a população. Desde o início da década de 1990, a Uesb já desenvolveu cerca de 2700 pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento. Hoje, são 746 projetos em andamento.
Pesquisadora da Universidade, a professora Alexilda Oliveira afirma que a pesquisa é parte central de uma universidade pública e contribui tanto para a ampliação do conhecimento, como para o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades. “Com isso, a universidade forma recursos humanos altamente qualificados, com visão crítica e multidisciplinar, capazes de atuar na resolução de questões diversas”, declara.
Com alcance internacional, pesquisadores da Uesb integram redes de pesquisa e colaborações formadas por centros de pesquisa do Brasil e do mundo. “A Uesb conta com pesquisas desenvolvidas em todas as áreas do conhecimento com resultados positivos para a sociedade. Os pesquisadores da Universidade têm produção científica qualificada publicada em periódicos nacionais e internacionais de elevado impacto”, conta Oliveira.
Toda essa produção científica contribui nas mais diversas problemáticas sociais. São experimentos ligados à temáticas como promoção da saúde, controle da poluição ambiental, conservação dos recursos naturais, recuperação da biodiversidade, bioprospecção de produtos de interesse bioquímico/farmacológico, produção de alimentos, melhoria na qualidade do ensino, agricultura familiar, produção animal, seca do semiárido, memória e manifestações culturais, religiosas, educacionais e artísticas, entre tantos outros.
Como parte da política de estímulo à pesquisa, em 1993, foi implantado o Programa de Iniciação Científica com bolsas da própria Uesb. Em 2003, o Programa é ampliado e passa a contar com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, em 2010, são criadas as bolsas de Ações Afirmativas dentro do Programa. No mesmo ano, a Uesb implanta o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico.
Chegando até a população
Como levar o resultado dessa produção científica e de conhecimento até a população? Com o papel de estabelecer um diálogo com a comunidade, a extensão universitária se revela nas ações que promovem trocas de conhecimento, transformação social e promoção da equidade. São programas e projetos, realizados por professores, técnicos e estudantes, capazes de atender a demandas da população.
“A extensão possibilita encontrar espaços para aplicação de conhecimentos elaborados em sala de aula e laboratórios por meio da interação com a comunidade. São dificuldades apresentadas pela população que se tornam possíveis de serem melhor encaminhadas, amenizadas e, muitas vezes, solucionadas com a execução dos nossos projetos”, pontua a pró-reitora de Extensão, Gleide Pinheiro, destacando o diálogo entre saberes acadêmico e popular.
Mesmo com campus em apenas três territórios de identidade (Sudoeste, Médio Sudoeste e Médio Rio de Contas), a Uesb já alcança, atualmente, 25 territórios de identidade na Bahia. Nos últimos dez anos, por exemplo, foram mais de 1,3 milhão de pessoas beneficiadas diretamente com as mais de 1700 ações de extensão promovidas em 154 municípios baianos. “Isso nos revela a importância que a Uesb tem diante da sua expertise em várias áreas do conhecimento”, destaca a pró-reitora.
São projetos, programas, eventos e cursos de formação desenvolvidos em áreas como Saúde, Educação, Meio Ambiente, Direitos Humanos e Justiça, Comunicação, Cultura, Tecnologia de Produção e Trabalho. “Escutamos as demandas populacionais que chegam continuamente. Quando não identificamos um projeto ou programa que possa atendê-las, fazemos uma provocação a docentes e técnicos para que possam oferecer o apoio solicitado”, explica Gleide.
Lembrando seu destaque em produção de pesquisa e em execução de projetos que atendem a comunidade, a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado, professora Adélia Pinheiro, pontua a importância da Uesb para a Bahia. “Ao longo dos seus 40 anos de existência, a Uesb tem levado à população baiana – não somente dos seus municípios de inserção – conhecimento e tecnologia produzidos [em seus campi], bem como tecido laços com a comunidade. Tudo isso demonstra sua maturidade em fazer pesquisa e extensão universitária e contribuir, de modo direto, com a forma de viver da população”, afirma.