Quem assiste as críticas que o Brasil tem recebido por conta do número de imunizados e de vacinas que dispomos, para promover o combate contra a pandemia, fica com a precisa noção de que as bancas de revistas e jornais, das esquinas de todas as cidades do Brasil estão repletas de vacinas e só não são compradas, pelas autoridades brasileiras responsáveis pelo processo de vacinação, pela mais absoluta negligência, indiferença ou apatia de quem deveria ter responsabilidade de pô-las em ação a serviço da imunização das pessoas, sujeitas a serem infectadas pelo vírus, no país.
Quem conhece a esfera pública federal sabe que, comprar qualquer produto por entes governamentais, não é tão simples como gostaríamos que fosse.
O ato de vacinar uma pessoa exige bem mais do que só ter vontade de fazê-lo. Exige que haja disponíveis para o evento: algodão, álcool, seringas, agulhas, um profissional capacitado para o ato da aplicação além de, é claro, da vacina propriamente dita.
Tudo isso tem preço, custo, capacitação, condições de produção acesso a insumos, diplomacia, negociações, relações internacionais, transporte e uma miríade de procedimentos que entram no processo ainda como: relações alfandegárias, aduaneiras, dentre muitas outras circunstâncias, etc.
O assassino dessa festa mortuária, se apresentou à sociedade universal, por volta do mês de março de 2020. Curiosamente, começaram a aparecer vendedores de vacinas, nos moldes mais tradicionais dos “caixeiros viajantes” de outros tempos, com o produto da moda na mala, à venda como se a compra das mesmas ocorresse, apenas e tão somente, por uma questão de preferência do aspecto das mesmas, no estilo: “Essa é mais jeitosa, se parece mais comigo”, fico com essa!
Vacinas, não se compram assim!
Vencidos todos esses entraves apresentados acima, começamos o processo de vacinação da população! Primeiro os profissionais da saúde, os idosos, acamados, indígenas, quilombolas, dentre outros grupos de risco, no país.
Hoje, a reclamação é de que o processo de imunização está andando muito lento! Temos que motivar os idosos, cadeirantes, acamados de mais de noventa anos, a se agilizarem, correrem para receber a sua dose de vida. Como podemos aceitar a lentidão desses eleitos como primeiros a serem imunizados?
Concluímos que o bom mesmo é reclamar! Seja qual for o estágio em que estivermos! Nunca nada está bom!