O ano está terminando, um ano completamente atípico na história de nossas vidas. Um ano que nos deixa muitas dores, sofrimentos, mas também muitos ensinamentos bons e maus. Serviu para nos mostrar muitos fatores com os quais não contávamos e outros que não sabíamos que estavam a nossa frente e não enxergávamos ou insistíamos em não ver.
Um desses fatores foi nos explicitar o tamanho de nossas fragilidades. Tanto sociais, pessoais e também institucionais, não só no Brasil como em relação a outros países considerados como os grandes exemplos de altruísmo e que dispensam citações.
Nesse momento, deixou de ser importante de onde a maldade veio, mas o que ela ainda é capaz de fazer, pois perdemos o controle sobre como conter a força de sua fúria. Infelizmente, tudo o que pensávamos saber sobre os métodos de controle, se perderam no ar. Não há, objetivamente, o que possa ser feito para que o mesmo ganhe respeito pelos nossos esforços.
A crueldade, a perversidade que nos chegou, com esse monstro, pôs de joelhos aqueles poderosos que se consideravam portadores das melhores condições de enfrentamento de situações inesperadas, vindas elas de onde viessem.
No Brasil, entre as muitas consequências negativas, tivemos o desemprego, ou seja, muitos profissionais não tiveram como empregar os seus conhecimentos, pois muitos deles, dependem de públicos, clientes e contato com pessoas.
Esses profissionais tiveram de guardar os seus instrumentos de trabalho, posto que o resultado de suas atividades, implicava em reuniões de pessoas, o que facilitava a globalização do mal.
Em razão dessa realidade, os responsáveis, socialmente pelo país, instituíram uma “renda emergencial” a fim de reduzir as carências financeiras dos mais prejudicados com os efeitos da tragédia, que são os profissionais que dependem da conjunção de pessoas.
Foi então que aconteceu o inesperado, curiosamente, mais de dois milhões de brasileiros, inescrupulosos, que não precisavam desse apoio financeiro, se candidataram e o receberam no lugar de quem precisava vitalmente dele.
Hoje, as pressões jurídico-financeiras, vêm precisamente dos laboratórios internacionais, encarregados de encontrar uma formula de proteger a população do planeta. Esses laboratórios passaram a ter poder e autoridade perante a fragilidade de todos.
O imunizante, nos defende da ganância dos laboratórios?
artigosbsb@gmail.com – 28122020