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Varíola dos Macacos: Ainda não é hora de vacinação em massa

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Por Kristine Otaviano/Agência Voz

Apesar das preocupações globais com a nova cepa da mPox, também conhecida como varíola dos macacos, o Brasil não tem previsão para uma vacinação em massa. De acordo com especialistas, a recomendação tanto da Organização Mundial de Saúde, quanto do Ministério da Saúde é vacinar apenas grupos específicos, caso novas doses estejam disponíveis. A vacina que combate a doença é a que foi desenvolvida para varíola, como explica o doutor Ralcyon Teixeira, médico infectologista do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Sonora: Médico infectologista do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, doutor Ralcyon Teixeira

Hoje, a gente não tem uma recomendação de fazer uma vacinação global para varíola, que tem essa proteção teórica para mPox, porque não é uma doença com alto risco de disseminação global para múltiplas pessoas ao mesmo tempo, mas sim uma doença que, em princípio, se comportou até recentemente de surtos e com populações de maior risco.”

A mPox é uma doença viral transmitida principalmente pelo contato próximo entre pessoas, especialmente durante as fases ativas da infecção. Os sintomas iniciais incluem febre, dores no corpo e o aparecimento de lesões na pele, que podem se espalhar e se tornar ulceradas, uma espécie de bolhas com líquido incolor ou amarelado. Essas lesões podem surgir de forma única ou múltipla, afetando diferentes partes do corpo.

Nesta semana, durante a instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde, criado para coordenar as ações de resposta à doença, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que o Brasil está no nível 1 de emergência da mPox. Esse nível indica que não há detecção da nova variante 1B em território nacional, mas as autoridades continuam em alerta. Além disso, 98% dos casos confirmados no país estão concentrados em homens, e também em pessoas portadoras do vírus HIV, destacando a importância de atenção especial a esses grupos.

Foto: Reuters Arletti Bashizi/\Agência Brasil

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