Cada ser humano é caracterizado pelas virtudes e pelos vícios que compõem o seu cabedal psicológico. Representamos, neste mundo, um arcabouço característico da nossa personalidade, contendo aspectos positivos – virtudes -, mas também negativos – nossos vícios. E aqui nos encontramos justamente com a finalidade de nos melhorarmos, buscando nos desvencilharmos dos nossos vícios, das nossas mazelas morais, e incorporando, mais e mais, virtudes à nossa essência espiritual.
A Terra enseja miríades de oportunidades para trabalharmos a nossa conduta, apresentando campo fértil e extremamente valioso para o autoburilamento da nossa atitude comportamental, bastando a isto nos dedicarmos – o que se nos constitui desafio impostergável. Desta forma, cada virtude alcançada é, por sua vez, incorporada ao Ser, deixando este, via de consequência, de praticar habituais vícios. Assim, podemos dizer que uma pessoa que tinha o hábito de furtar, por exemplo, conseguindo trabalhar tal vício, abandona-o, com o transcurso do tempo, passando a agregar virtude à sua personalidade. Se tinha o vício de furtar, não mais o fará, já que desse mau hábito se desvencilhou! E isso representa árduo e permanente trabalho, exigindo de cada qual a sua parcela de contribuição, como forma de cumprirmos a missão através e para a qual viemos viver neste planeta.
Desta maneira, poderemos até mesmo não avançar ou progredir, se permitindo à perda da oportunidade redentora de evoluir, ficando ou se permitindo a um estágio estacionário, o qual certamente concorrerá para dificultar a nossa marcha rumo ao imarcescível. Deveremos extrair o máximo de proveito enquanto estivermos estagiando na indumentária carnal, a qual se reveste em verdadeira dádiva para as nossas vidas. Como o tempo não pára e se torna imensurável ante a eternidade, se não lograrmos o devido progresso, inevitavelmente rumaremos para plagas inferiores outras, onde carpiremos até aprendermos a lição.
De onde viemos, por que estamos aqui e para onde vamos? São questionamentos que nos instigam e inquietam a todos! Mas pelas próprias leis divinas, universais e imutáveis, as suas respostas sempre serão para nós verdadeiras incógnitas, enquanto aqui estivermos, reservando-nos destinos incertos, mas dando-nos a certeza de que, ante o nosso empenho e bom proceder, teremos um futuro ditoso, em regiões ignotas reservadas àqueles que porfiaram, emprestando a sua parcela de contribuição à obra do Criador, como tantos outros que já o fizeram – e ainda fazem – mesmo tendo nos precedido no além túmulo, até porque … a vida continua!