A televisão está nos mostrando que chegamos na época de mais uma safra de candidatos prometendo principalmente acabar com a fome que assola milhões de brasileiros. Entretanto, observando a cara e as origens de todos eles, nenhum se parece com os produtores rurais da agricultura familiar, responsáveis pela produção de 70% dos alimentos consumidos por pobres e ricos do nosso país.
Em todas as correntes partidárias, não faltam astutos prometendo mudar a vida dos que vivem na pior e que não entendem que são os míseros mortais que mudam as vidas dos astutos para melhor. Em todo o país, não são poucos os que transformam a politicas não apenas em uma profissão, mas em verdadeiras “ Capitanias Hereditárias “ onde filhos e outros descendentes se tornam herdeiros de uma dinastias sacramentada pelos votos de milhões de eleitores que sequer sabem os nomes dos candidatos que elegem para representá-los no Congresso e nas Assembléias Legislativas.
Com certeza esses felizardos eleitos e reeleitos poderão cantar com ênfase aquela estrofe do nosso hino que diz: “ Deitado eternamente em berço esplêndido “, pois por mais quatro anos não terão preocupações com o preço da gasolina que consomem os automóveis do Poder Legislativo, os custos dos apartamentos funcionais em Brasília, com agua, energia, telefone, passagens aéreas pagas pelos próprios eleitores quem os elegem. Quanto aos subsídios e gratificações como a verba de representação e outras que tiveram a denominação de “Verba indenizatória “.
Seria melhor que um parlamentar sincero admitisse e revelasse aos milhares de eleitores que o elegem a “ dura” vida que leva para ser membro do Congresso, que deve ser um dos mais caros do mundo. No Brasil, como não poderia ser diferente, são os mais pobres que fazem a alegria dos privilegiados.