Francisco Kaiut, professor de Yoga, desenvolveu método que alivia sintomas e previne novos problemas.
Por: Fabiano de Abreu
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em um período de 10 anos, entre 2007 e 2016, o Brasil registrou quase 70 mil casos de lesão por esforço repetitivo (LER). Além disso, o Governo Federal informou que, somente em 2019, cerca de 39 mil trabalhadores foram afastados do serviço por conta da doença, demonstrando a gravidade de um dos problemas que mais afetam os trabalhadores brasileiros.
O distúrbio do sistema musculoesquelético pode ser desenvolvido por diversas situações cotidianas tais como excesso de tensão, longos períodos em uma mesma posição, realizar o mesmo movimento diversas vezes e posturas incorretas. Pesquisas apontam que 73% das pessoas que trabalham com computadores, por exemplo, têm problemas de LER. A situação fica ainda mais preocupante quando não é tratada adequadamente, podendo evoluir para um quadro mais grave e causar dores crônicas.
O professor de Yoga Francisco Kaiut, desenvolvedor do método Kaiut, acredita que a LER não é causada apenas pelo esforço repetitivo, mas também pela falta de movimento em determinadas áreas do corpo. Por isso, o método Kaiut pode ser uma ferramenta interessante para alívio e prevenção da doença. “Uma prática regular ajuda no processo de recuperação de mobilidade e no alívio de dores crônicas. Uma maior liberdade de movimento reduz o esforço em músculos e articulações”, defende.
De acordo com ele, praticar yoga de modo consistente é uma forma de educar o corpo e a mente, o que além de ajudar a reduzir possíveis causas de fundo emocional, pode auxiliar na identificação dos sintomas primordiais da LER. Para Kaiut, o yoga ensina um nível de consciência corporal com incontáveis benefícios quando inseridos no dia a dia. “É importante trazer essa consciência para o local de trabalho, prestando atenção no corpo enquanto realiza suas tarefas diárias. Você pode descobrir que seus hábitos estão contribuindo para os sintomas. Aprender a reconhecer e quebrar esses padrões pode trazer alívio”, detalha.