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ZIKA, VARIOLA ETC;

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Um domingo para nós anômalo porque a “presidente foi cassada ou o equivalente; ” o vice que legalmente assumiu tá lá na China em reunião importante. O tempo coberto e sem sinais de chuva e com cara de pouco frio. O “grupo” compareceu, mas não entendo motivos de reinar “estado macambuzio” de maneira geral. E então “o míope” já que o Robi está em campanha para vereador, toma a palavra e diz:

           …em 1977, depois de uma luta que correu mundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou a VARÍOLA num paciente lá do Sudão. Foi último. Agora, em consequência do aquecimento global, uma área onde variolosos em massa foram enterrados, alguns corpos desenterrados conservem o vírus…”

O achado do provável vírus da varíola se deu lá na Sibéria, região de Yakutia (assim conhecida) e onde cientistas do Centro de Pesquisa em Virologia e Biotecnologia da Rússia estão a cuidar para que a varíola não retorne. De acordo com avaliação de cientistas envolvidos há possibilidade de ressurgimento da varíola, mas – frisam – é pequena, por enquanto.

Claro que a geração após 1977 desconhece o terror que foi a varíola ou “bexiga” em todas as partes do território. E a luta para sua erradicação é uma fase da nossa história que se esqueceu de se ressaltar mas feito extraordinário. Particularmente atuamos na linha de frente no combate á “varíola” lá no interior de São Paulo, chegando até a Três Lagoas, no Mato Grosso. Como nós éramos (hoje aposentado sem nenhuma vantagem por sinal) funcionário concursado do Governo de São Paulo e com residência na noroeste e sendo o Hospital das Clinicas de Mirandopólis o único entre Araçatuba e Três Lagoas (MT) governamental, claro que para ele se mandava os pacientes. A partir de 1973 – e a varíola já era em estado de declínio – foi transferido para Santos para fazer parte da equipe de médicos que cuidavam da “tuberculose em regime de internação” pelo hospital “Dr. Guilherme Álvaro” do Governo do Estado com seus 250 leitos hoje transformado em geral. Fomos seu diretor e lá nos aposentamos.

A “varíola” era combatida com a vacina que chegava num canudinho, se escarificava uma área do corpo (braço, perna ou abdome) e ai encostava o tubinho e soprava. Mais ou menos assim. Como em algumas pessoas a cicatriz podia ser “quelideana” se usava nas mulheres ou abdome ou face externa da coxa. O fato é que assim como a “zika” está ai nos provocar pânico (com razão) pelos males causados principalmente “aos conceptos intra uterino ainda” (microcefalia já temida) um retorno da VARÍOLA seria um acidente de consequências graves. Mas a “varíola” não irá retornar e a “zika” terá de ser vencida. E será, com certeza. Como vemos um “domingo sem graça”. Só cerveja…

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